Por que é importante entendermos a variação do dólar?

Minha formação é em exatas, porém não sou entendedora nem tenho expertise na área financeira. Aliás, acho que para grande parte dos brasileiros (eu inclusa), somos iniciantes e ainda sabemos pouco sobre educação em finanças.
O que eu sei é que quando o dólar aumenta ou diminui, isto tem um impacto direto na economia e, consequentemente, em nossas vidas. Para entender sobre a variação do dólar de maneira simples, realizei uma análise da cotação de compra do dólar comercial nos últimos 11 anos com base nos dados disponibilizados pelo Banco Central. Esta análise foi feita com o auxílio da aula ministrada no curso Dominando Data Science da FLAI.
Antes de mais nada, precisei entender o que é o dólar comercial e, pesquisando, encontrei esta fácil definição no blog do Nubank:
“É aquele negociado por empresas ou instituições financeiras. Ele costuma ser mais barato justamente pelo volume das transações: como empresas ou instituições movimentam grandes quantias, o preço do dólar fica menor.”
Fala, Nubank
Ou seja, como é o valor dele que impacta diretamente a economia, quando assistimos ao jornal, é comum que estejam falando do dólar comercial. Ele é usado em transações comerciais, investimentos, compra e venda de mercadorias, importações e exportações. É por causa da oferta e demanda do mercado que o dólar comercial varia ao longo do dia.
Como iniciei meu projeto?
Coletei os dados de cotação de compra e venda do dólar comercial no site do Banco Central no período de janeiro de 2010 a 12 de maio de 2021. Foi feita uma coleta de 10.000 amostras de cotações diárias, a qual é a quantidade máxima retornada pelo site da instituição. Como o volume de cotações por dia é muito grande, não é possível fazer uma análise do todo, porém, esta amostra é representativa o suficiente para garantir que os resultados da mesma possam ser deduzidos para a população. Ou seja, a média da amostra analisada é muito próxima da média que seria obtida com a coleta de 100% dos dados.
Antes de utilizar uma ferramenta de Business Intelligence para gerar informação destes dados, identifiquei 3 variáveis da cotação do dólar comercial: as cotações de compra e de venda e a data de ocorrência das mesmas. Analisei apenas 2 destas variáveis: as cotações de compra e os dias que estas aconteceram.
Com os dados em mãos, conhecendo suas variáveis e quais iria analisar, utilizei o Power BI, uma ferramenta de Business Intelligence para criar um dashboard interativo de fácil visualização e entendimento para o usuário.

Comparando as médias das cotações dos meses de janeiro a maio de 2020 e 2021, pôde-se analisar um aumento gradativo do dólar em 2020, sendo este significativo a partir de março, quando já podíamos sentir os primeiros impactos da pandemia no país. Para se ter uma ideia, houve uma variação percentual de 12,44% de fevereiro a março do ano passado, o que complementa a máxima de que a pandemia mudou a economia mundial e impactou significativamente nossas vidas e escolhas a partir de então.

Com relação a 2021, houve uma queda de março a maio, porém com o dólar ainda permanecendo em alta com relação aos anos anteriores à pandemia.

É claro que vários outros fatores contribuíram para este aumento do dólar como o déficit da balança comercial que é quando o país mais importa do que exporta, o que inflaciona a cotação da moeda.
Como comentei no início deste artigo, meu intuito aqui é fazer uma análise para um fácil entendimento do aumento da cotação da moeda norte americana e os impactos que isto traz para nosso dia a dia, como a inflação do preço dos produtos nos supermercados ou de combustíveis, por exemplo.
Não sou expertise na área, por isso, não tenho como objetivo usar termos técnicos. Para mais informações sobre como funciona a variação do dólar e por que ele impacta nossas vidas, convido à leitura completa do artigo do blog do Nubank citado anteriormente, o qual achei de fácil compreensão e serviu de apoio para este estudo.
Para concluir, deixo aqui a importância da educação financeira de forma a gerar conhecimento sobre o enorme impacto que a economia tem em nosso cotidiano, somado às mudanças do cenário mundial devido a COVID-19. E, tudo isto, sendo possível a partir da ciência de dados.
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